em busca de um argumento poético

A partir de uma técnica definida e de um recorte temático, começamos a tentar definir um recorte ainda mais preciso para o trabalho, a partir de duas importantes questões: 1) O que o grupo gostaria de comunicar e criar de maneira conjunta 2) que tipo de relação gostaríamos de estabelecer com o Ponto de Cultura da OCA, em Alter do Chão, e como o trabalho gostaria de interagir com esse lugar específico.

Para isso, tivemos muitas conversas entre nós e com os coordenadores do Ponto de Cultura, para encontrar possibilidades de verdadeiras interações estéticas durante a criação do espetáculo. Com isso abrimos uma possibilidade de oficinas que poderiam ser oferecidas pelo grupo durante o processo de residência artística, para que pudessemos expor nossas pesquisas de maneira mais objetiva e sistematizada. Sendo assim, foram definidas quatro oficinas que serão desenvolvidas durante o mês de janeiro: 1) percussão corporal – oferecida pelo João Paulo Simão. 2) Dança- oferecida por Marina Guzzo. 3) Palhaço- oferecida por Vitor Poltroneri. 4) Roda de Conversa: “O corpo na escola”- oferecida por Andrea Desiderio.

Além disso, decidimos que ao invés de realizar somente a estréia de um espetáculo, faremos uma semana de ensaios abertos, direcionados por Cristiane Paoli Quito, que servirão como forma de experimentos cênicos, a serem acompanhados pelo público. Acreditamos que uma interação maior pode acontecer dessa maneira, abrindo para diálogo, para sugestões, para conversas com o público.
Esse processo também evidencia e dá visibilidade para o trabalho artístico criativo, oferecendo a possibilidade de acompanhar como se constrói um argumento poético para um trabalho com circo.

essa foto foi tirada dia 08/01 numa das ruas principais de Alter. Por Nina Guzzo